Uma análise de hoje dos acontecimentos da semana passada e dos últimos anos:
http://passapalavra.info/?p=62671
Deixo-os com um aperitivo do texto:
"A greve vem colocando em cena o choque frontal de dois modelos
sindicais. O ANDES-SN iniciou a greve em 17 de maio e o PROIFES,
contrário a isso, só se viu em greve quase um mês depois, no dia 15 de
junho. Nesta última semana vem se organizando autocraticamente pelo fim
da greve, termo esse que vem afrontando dezenas de milhares de
professores em greve, que vêm se decidindo pela continuidade da mesma
através de Assembleias realizadas em todas as Universidades Federais. O
PROIFES “entrou” em greve num momento em que 40 Universidades já estavam
paralisadas e agora, através de manobras “consultivas”, organiza junto
com o governo o “fim” da greve. Se o país sempre teve tradição de
sindicatos pelegos, o PROIFES ultrapassa essa tradição em escala
institucional nunca antes vista. Nunca houve na história sindical do
Brasil sindicato pelego como o PROIFES. Penso que isso não é uma
sentença meramente retórica, as práticas institucionais dos últimos dias
corroboram com cristalina evidência tal termo. Mas como explicar uma
federação sindical tão irrelevante em práticas assim? Talvez pela sua
própria irrelevância institucional é que se possa entender o porquê
desse grupo obscuro movimentar-se com tanta tranquilidade no colo do
governo, afrontando sem qualquer escrúpulo político dezenas de milhares
de professores em greve que continuam a lutar por conquistas
trabalhistas que vão muito além de cifras salariais. Tenho uma hipótese
para explicar a existência institucional do PROIFES, apresento-a a
seguir."
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